imagem

Unilasalle: idosas participam de aula sobre inclusão digital

Alguém já disse que a vida é um eterno aprendizado. E tem uma turma de 19 senhoras, com idades acima de 60 anos, que estão levando essa premissa muito a sério. Todas as quintas-feiras, das 17h às 18h30 elas se reúnem no Laboratório 1 da Universidade La Salle para aprender sobre o uso de tecnologias, como o computador e os smartphones, por exemplo. É o despertar de habilidades, uma nova experiência e segundo elas, uma forma de se sentirem incluídas na vida dos filhos, netos e mais integradas à comunidade.

As aulas de Inclusão Digital ofertadas pela Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) são ministradas por duas alunas da Universidade. bolsistas do projeto Unilasalle Innovators, Lisia Gritti e Natália Lanes. Lísia, 20 anos é acadêmica de Engenharia Civil e explica que os conteúdos vão desde ensiná-las a aprender a ligar um computador até mandar um e-mail, acessar um site, entre outras. “Nós procuramos ensinar o básico para que elas se comuniquem. Mas também atendemos algumas dúvidas e dificuldades que elas nos trazem e que na maioria das vezes, outras pessoas não têm paciência para ensinar”, conta a universitária.

A dona Maria Mello, 77 anos é aposentada e além das aulas de inclusão digital, ela participa de outras três oficinas da Unati. Ela afirma que as aulas fazem com que ela se sinta bem e já aprendeu várias funções do computador e também do celular, o que mantém a mente dela sempre ativa. “É muito bom para exercitar o cérebro e eu geralmente guardo tudo de cabeça. O meu filho e neto ficam bem orgulhosos e eu me sinto muito feliz”, destaca Maria.

Sempre aprendendo

“Se eu puder te dar um conselho, será esse: nunca pare de estudar”, estas são as palavras da aposentada Davina Fagundes, 63 anos, que conta que embora nunca tenha cursado uma graduação, sempre foi curiosa e determinada a aprender algo novo.“Eu estou todo o tempo buscando conhecimento e aqui eu já aprendi tantas coisas. Está sendo ótimo, porque o que eu sabia, era só “uma aguinha doce”, ressalta, Davina.

De acordo com a acadêmica de Ciências da Computação Natália Lanes, 22, ensinar também tem sido uma descoberta. “É uma experiência bem legal e diferente. São coisas que nós fazemos automaticamente e para elas é novo. Eu tenho aprendido muito a nível acadêmico e pessoal”, enfatiza Natália.

As aulas da Inclusão Digital começaram no primeiro semestre deste ano e assim como as demais oficinas da UNATI, tem duração de três meses. Segundo a assistente de secretaria Prograd/Unati, Paula Cabral o único requisito é que os alunos tenham 60 anos ou mais. Os idosos podem realizar até quatro oficinas pelo valor de R$ 240. A ideia, de acordo com ela, surgiu na Unati, mas a iniciativa em colocá-la em prática foi da coordenação do curso de Pedagogia, que capacitou as duas monitoras. “A oficina teve uma resposta tão positiva no primeiro semestre que, no momento, temos uma lista de espera que equivale a outra turma”, conclui Paula.

Foto: Luciele Oliveira