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Exposição gratuita na PUCRS apresenta múmia egípcia ao público

Pesquisa da Universidade confirmou identidade de Iret-Neferet

A cabeça da múmia egípcia que teve a confirmação de idade, sexo e origem em pesquisa realizada na PUCRS está em exposição gratuita e aberta ao público de 11 de junho a 26 de julho. Com o título Iret-Neferet, a Múmia Egípcia de Cerro Largo-Símbolos e Rituais de Mumificação, a mostra pode ser visitada na Biblioteca Central Irmão José Otão, prédio 16 do Campus (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre/RS).

Além de Iret-Neferet, estarão expostos objetos e símbolos utilizados nos rituais de mumificação egípcios, provenientes dos museus Egípcio e Rosacruz de Curitiba (PR) e de Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso (Ponta Grossa); imagens da história do Egito, e também banners com conteúdo produzido pelos pesquisadores.  A mostra tem curadoria e organização do coordenador do Grupo de Estudo Identidade Afro-Egípcias, da Escola de Humanidades da PUCRS, Edison Huttner; do diretor do Museu de Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso, em Ponta Grossa (PR), Moacir Elias Santos e de Eder Huttner.

 

Iret-Neferet 

A múmia recebeu dos pesquisadores o nome de Iret-Neferet (que significa “olho bonito”) e viveu entre 768-476 a.C., segundo exame de radiocarbono (C14) realizado nos EUA.  De acordo com a pesquisa, a cabeça é de uma mulher de 42 ou 43 anos, que viveu entre o final do Período Intermediário III (1070-712) e o início do Período Tardio (Saíta-Persa: 712-332 a.C.) do Egito. O material estava em um Museu de Cerro Largo, interior do Rio Grande do Sul.

Iret- Neferet é a primeira múmia do Brasil a ter idade confirmada cientificamente por exame de radiocarbono. Outra múmia existente no país atualmente é Tothmea, que chegou dos EUA em 1995 e hoje está no Museu Egípcio Rosa Cruz de Curitiba (Paraná). O Museu Nacional do Rio de Janeiro, que também tinha exemplares de múmias humanas, foi atingido por um incêndio em 2018.