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TecnoUCS será um dos gestores de iniciativa empresarial voltada à inovação

Associada a grandes empresas, UCS integra o Instituto Hélice, que visa à aproximação de organizações com startups para o desenvolvimento de ecossistema regional de empreendedorismo inovador.

Aproximar empresas tradicionais da região com startups, visando à solução de problemas reais e a geração de inovações, colocando a Serra gaúcha no mapa dos ecossistemas inovadores do país, é o propósito do Instituto Hélice, do qual o Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação da Universidade de Caxias do Sul tornou-se uma das organizações mantenedoras. Surgida como um movimento criado pelas Empresas Randon, Marcopolo, Móveis Florense e Soprano em outubro passado, a iniciativa ganhou personalidade jurídica e incorporou mais oito organizações.

A apresentação do trabalho feito até aqui, da nova formatação e das metas para a próxima etapa – que envolve o fomento à geração de startups na região – ocorreu em evento de lançamento do instituto, na manhã desta sexta, dia 12, na sede administrativa do TecnoUCS, no campus-sede da UCS. O encontro contou com a presença do secretário estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís da Cunha Lamb; do secretário municipal do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Emprego de Caxias do Sul, Emílio Andreazza; do presidente da Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS), José Quadros dos Santos; do reitor da UCS, Evaldo Kuiava e de diversas lideranças empresariais da região.

Unificação de propósito – O diretor corporativo de Planejamento e RH das Empresas Randon, Daniel Ely, apresentou o histórico do movimento e os resultados da primeira fase, executada de novembro de 2018 a fevereiro de 2019. A ideia nasceu nas discussões das Câmaras Setoriais do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), que representam 3,5 mil empresas. A partir daí, as quatro idealizadoras decidiram unir competências em torno do propósito de resolver problemas comuns com soluções inovadoras, e o caminho escolhido para tal foi o de conexão com startups.

Depois de um mapeamento de 250 negócios do tipo de todo o Brasil, 18 contratos foram assinados, para a resolução de problemas nas áreas de logística, fabricação, marketing e vendas e de recursos humanos das quatro corporações idealizadoras. Entre os ganhos paralelos, apontou Ely, verificou-se aumento de produtividade, inovação e faturamento dentro das empresas envolvidas e a consolidação da cultura de compartilhamento entre elas.

A próxima etapa se inicia com o lançamento do movimento como instituto e com a ampliação dos modelos de participação. Além de Empresas Randon, Florense, Marcopolo e Soprano, TecnoUCS e Metadados tornam-se mantenedoras. Outras seis organizações incorporam-se como associadas (Faculdade da Serra Gaúcha – FSG, Rede Sim, Sicredi, Sistema Saúde Integral – SSI, Thyssenkrupp e Unimed Nordeste RS) e também foi criada a categoria de apoiadores. Com a reconfiguração, o Hélice passa a contar com um diretor-executivo, o administrador Thomas Job Antunes. De modo a fomentar o desenvolvimento de startups na região, a parceria com a aceleradora de negócios Ventiur visa à criação de um grupo de investimento em negócios inovadores.

DEPOIMENTOS

Um dos significados de hélice é propulsão. Vemos nessa iniciativa um dos direcionadores do empreendedorismo inovador que é o ‘propósito transformadormassivo’. A Universidade e o TecnoUCS corroboram e compactuam desses conceitos que o Instituto Hélice propaga, e acreditamos nesta parceria profícua para o crescimento e a inovação na região”, Enor Tonolli Jr., diretor-executivo do TecnoUCS

O Rio Grande do Sul precisa dessa iniciativa, do engajamento de instituições com a sociedade para promover uma mudança de cultura que possaalavancar o Estado. O motor da economia gaúcha é o empreendedorismo local, o Instituto Hélice faz a transição para o empreendedorismo inovadorvalorizando cultura das empresas, conectando-as com as startups e trazendo o conhecimento das universidades capaz de transformar os empreendimentostornando nossas organizações globais, tecnológicas e inovadoras”, Luís da Cunha Lamb, secretário estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia

Para as Empresas Randon é uma satisfação ver a Hélice ganhar esta proporção em tão pouco tempo. O fato de quatro indústrias terem quebrado barreiras para pensarem em conjunto soluções mais ágeis para seus problemas já foi um marco, e, agora, receber outros agentes, de outros segmentos da economia, é a comprovação de que os resultados de todo o movimento são cada vez mais promissores”, Daniel Ely, executivo nas Empresas Randon

A Marcopolo tem na Hélice um parceiro para promover a inovação aberta na empresa, trazendo resultados na eficiência das áreas através de tecnologia aplicada às principais necessidades operacionais. Além disso, é um canal para conexão com o ecossistema de inovação, indo muito além das startups,ajudando a atrair profissionais, reter talentos e no relacionamento com outras empresas e institutos de pesquisa”, Petras Amaral Santos, executivo na Marcopolo

Participar da Hélice está sendo transformador para a Florense, pois nos possibilitou abrir o mindset e visualizar formas diferentes de resolução de problemas. Além disso, o trabalho colaborativo das empresas e demais integrantes resulta em investimento na criação de um ecossistema de inovação na Serra gaúcha, gerando um legado de resultados para toda a região”, Mateus Corradi, CEO da Móveis Florense

Estamos aprendendo e evoluindo rapidamente na conjunção com as startups. Adicional a isso, percebemos resultados consistentes em nossos negócios,que têm a ver com a conexão e os compartilhamentos entre as empresas. Nossa expectativa é seguir evoluindo, consolidando e contribuindo com todo ecossistema, intensificando, com as novas organizações participantes, o contínuo aprendizado”, Paulo Gehlen, executivo da Soprano

Fotos: Claudia Velho/UCS