Laboratório móvel da Feevale trata efluente industrial do Polo Petroquímico de Triunfo
O Polo Petroquímico de Triunfo, complexo industrial articulado pelo Comitê de Fomento Industrial do Polo (Cofip), passou a contar, recentemente, com o primeiro laboratório de pesquisa da Universidade Feevale fora de seus câmpus. O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Limpas da Instituição instalou uma unidade móvel do Laboratório Aquário na Superintendência de Tratamento de Efluentes Líquidos (Sitel) do polo, no âmbito do projeto Reuso. Coordenado pelo professor Marco Antonio Siqueira Rodrigues, o projeto é realizado por meio do Programa de Pós-graduação em Tecnologia de Materiais e Processos Industriais.
O estudo busca investigar tecnologias de tratamento de efluentes que proporcionem o reuso industrial do efluente do polo. Em parceria com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e do Cofip, no Laboratório Aquário é avaliada a aplicação do processo de separação por membranas para o tratamento do efluente. Os equipamentos operam 24 horas por dia, sete dias por semana. A ideia, após a determinação da eficácia dessa técnica, é aplicar essas tecnologias limpas aplicadas ao saneamento ambiental, bem como capacitar a Corsan. Com estrutura e equipamentos de ponta, a unidade de pesquisa móvel pode desenvolver, também, outros projetos aplicados nas empresas do polo.
Tratamentos utilizados na unidade móvel
Em relatório lançado mundialmente em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se que a Terra enfrentará um déficit de água de 40% em 2030, caso a gestão desse recurso natural não seja melhorada. O reuso da água industrial tem se mostrado como uma alternativa viável, econômica e ambientalmente, como medida para reduzir a captação de água. No Laboratório Aquário da Feevale localizado no polo, são utilizadas as técnicas de Osmose Inversa, Eletrodiálise Reversa, nanofiltração, microfiltração, ultrafiltração e destilação por membranas. O laboratório móvel tem, ainda, sistema piloto de absorção com zeólitas, carvão ativado e microfiltros porosos. No que tange a análises de poluentes emergentes, conta com cromatografia acoplada a espectrômetro de massa e cromatografia líquida de alta resolução.
Parcerias com empresas
De acordo com Rodrigues, a ideia é que o PPG em Tecnologia de Materiais e Processos Industriais leve laboratórios de pesquisa para mais empresas. Para isso, explica o professor, basta que as empresas interessadas entrem em contato com a Diretoria de Inovação da Universidade Feevale para agendar discussões para que possam ser desenvolvidos projetos em conjunto. Empresas interessadas podem entrar em contato pelos e-mails projetos@feevale.br e pgmateriais@feevale.br.
Foto: Marco Antonio Siqueira Rodrigues/Universidade Feevale