UFN é reconhecida como Universidade Católica

UFN é reconhecida como Universidade Católica

Uma Universidade Católica por excelência, é assim que a Universidade Franciscana (UFN) fica sendo reconhecida a partir da assinatura do Decreto de Instauração, realizada no último sábado (17), em uma Celebração Eucarística presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Santa Maria, Dom Leomar Antônio Brustolin. Este título evidencia a catolicidade da Instituição que, em seus 67 anos, esteve alinhada com os propósitos de uma educação humanista voltada para a produção do conhecimento e do desenvolvimento da sociedade.

Dessa forma, continuaremos sendo Universidade Franciscana que nasceu com a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Imaculada Conceição (FIC) e a Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora Medianeira (FACEM) e que, ao longo de sua trajetória, evoluiu para Faculdades Franciscanas (FAFRA) e depois para Centro Universitário Franciscano chegando, por fim, à sua estrutura atual como UFN em um percurso dinâmico e progressivo. Receber o título de Universidade Católica é um coroamento de todos estes ciclos construídos em conjunto com a Reitoria, corpo docente, técnicos-administrativos e estudantes.

Os princípios franciscanos e o comprometimento de formar profissionais éticos são o cerne de uma rica história que iniciou em 1955, com a criação da FIC e da FACEM. Assim, a Arquidiocese de Santa Maria reconhece a UFN como Universidade Católica de Direito Diocesano em acordo com os documentos das Constituições Apostólicas Ex Corde Ecclesiae (de 1990), Sapientia Christiana e Veritatis Gaudium (de 2017) que conclama as Universidades Católicas a elevar a qualidade da investigação científica e o avanço progressivo dos estudos teológicos e ciências correlatas dentro de uma sociedade multicultural e multiétnica. E em consonância com as orientações do Direito Canônico e alinhada às Diretrizes e Normas para as Universidades Católicas (de 1999) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

cerimônia de reconhecimento foi realizada na Capela São Francisco de Assis, localizada no Conjunto III da Universidade, e contou com a presença de autoridades eclesiásticas, educacionais, políticas, militares e empresárias; além de integrantes da comunidade acadêmica, imprensa e convidados. As diversas paróquias santa-marienses também estavam representadas como também a Irmã Nilvete Soares Gomes, Ministra Provincial das Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã – Província do Imaculado Coração de Maria; a Irmã Inês Alves Lourenço, Diretora Presidente da Sociedade Caritativa e Literária São Francisco de Assis – Zona Norte (Rede SCALIFRA-ZN); o Bispo de Cachoeira do Sul, Dom Edson Melo e o Diácono Ricardo Rossato, Chanceler da Cúria Metropolitana de Santa Maria.

De fato nós temos um perfil de Universidade Católica, mas o reconhecimento pela Igreja, por meio da Arquidiocese de Santa Maria, é algo que nos gratifica e nos emociona. E que também e nos compromete na continuidade desse processo educativo, prosseguindo no modo franciscano do processo educativo. De modo rigoroso, acadêmico e firme, mas também afetuoso e de acolhimento”, destaca a Reitora da UFN, professora Iraní Rupolo, a respeito de este ser um local de estudos e oportunidades que sempre esteve comprometido com a formação de lideranças e com a construção séria do conhecimento para uma sociedade mais solidária e preocupada com as gerações futuras.

Com uma vasta trajetória acadêmica, o Arcebispo de Santa Maria se agrega à proposta institucional como Chanceler da UFN e reconhece sua qualidade acadêmica e o projeto educacional coerente à formação humana, ética e cristã. Dom Leomar foi professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), onde também atuou como coordenador do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Teologia. Além de possuir experiência no ensino, pesquisa e extensão com Antropologia Teológica, Catequética e Pastoral Urbana. Dentre as principais funções atribuídas ao Chanceler, está o relacionamento da Universidade junto à Igreja Católica e sua sede em Roma.

A figura do Chanceler, como a própria palavra diz, é mais espiritual ao continuar zelando pelo bom êxito da Universidade e para divulgar sua missão. Não há aqui uma função administrativa e nem acadêmica. Mas sim, ser aquele que representa a Igreja dentro de uma Universidade Católica de forma a manter a unidade e a comunhão”, esclarece Dom Leomar sobre o papel que desempenhará, a partir de agora, na Universidade santa-mariense. Segundo ele, estima-se que no mundo haja a presença de 998 Universidades Católicas, sendo que a UFN agora se soma a este número como a 999ª Instituição de Ensino com esta titulação e importância.

Dom Leomar ainda reitera que o fato de ser uma Universidade Católica de Direito Diocesano, de nada a Arquidiocese e o Arcebispo interferem na sua gestão ou na organização acadêmica já que não se trata de uma Universidade Eclesiástica, onde o Bispo é o moderador. Mas sim de uma Universidade Católica onde o Bispo é tão somente o Chanceler, um diplomata que trabalha em favor da Universidade. “A Universidade será pensada e administrada pelas Irmãs Franciscanas da Penitência em Caridade Cristã e o seu Conselho Universitário. Essa autonomia é necessária para manter e cumprir suas funções institucionais com eficácia e garantir aos seus membros a liberdade acadêmica”, aponta sobre o sentido de excelência científica, acadêmica, pesquisa, ensino e extensão que já são aplicados dentro e fora das salas de aula da UFN.

“É sentir o avanço da missão franciscana na área da educação. Todo o processo que vem se fazendo desde a FIC, nos engrandece muito e engrandece a Igreja e a sociedade. Sobretudo este sentimento de extensão e de nunca parar no tempo, avançando sempre no progresso da educação. E para nós, Irmãs Franciscanas que seguimos a missão de Madre Madalena Damen, acreditamos que ousar é o caminho. Pois nós confiamos e acreditamos que ela mesma foi aquela mulher que, no seu tempo, foi ousada. Ela teve uma ousadia evangélica e nós, filhas dela, temos que seguir seus passos neste sentido que precisamos dar continuidade à obra educadora iniciada com ela em 1835″, destaca a Ministra Provincial, Ir. Nilvete Soares Gomes. A UFN é a única universidade de confissão franciscana com gestão essencialmente feminina e, agora, é a primeira Universidade Católica da Região Central do Rio Grande do Sul.

De acordo com a Reitora, historicamente a Igreja Católica exerceu papel fundamental para o desenvolvimento da pessoa em sua dignidade e para a evolução das organizações sociais, tendo inclusive, colaborado substancialmente para o surgimento das primeiras universidades: “Nesse sentido, não há estranheza na convergência entre Universidade e Igreja. Ao ser reconhecida como Universidade Católica esta comunidade universitária reafirma o compromisso de prosseguir pela educação integral, pelo humanismo solidário, por processos de transformação, de confiança no presente e esperança para o futuro”. A UFN continua alinhada com o rigor científico, a qualidade acadêmica e a responsabilidade administrativa enquanto lugar educativo, plural e criativo, propício à discussão e ao diálogo que favorece a construção do conhecimento.

Texto: Márcia Pilar/Jornalista
Fotos: Eduardo Camponogara/Publicitário